Primeira parada - Paris

Na verdade, estou em Lisboa, mas vamos começar do princípio:
Cheguei em Paris no dia 8 e como já havia visitado a cidade em 2005, fiquei apenas dois dias e não fiz muitos passeios tradicionais que já havia feito (Louvre, Arco do Triunfo, Sacre Couer etc). Voltei à Torre Eiffel, pois antes havia subido com chuva, e agora a novidade era a iluminação azulada e as estrelas da União Européia decorando a base da torre.
Meu maior objetivo ao voltar a Paris era conhecer Versailles, portanto, foi o que fiz no segundo dia, claro que depois de me perder bastante, pois é necessário trocar de trem em determinada estação e só percebi quando estava quase no extremo oposto da estação na qual deveria descer! Os amigos mais próximos sabem que eu odeio me perder, imagine num outro país em que não falo a língua! (Se bem que até o Português aqui em Lisboa às vezes me assusta - o motorista do ônibus, ou melhor, do autocarro, precisou repetir três vezes a frase "O ponto final é na porta do castelo" para eu entender.
Falando em língua, não é totalmente verdadeira a história de que os franceses odeiam inglês, a maioria das pessoas com quem eu tentava falar alguma coisa logo respondia em inglês ao ver o que professores chamamos de "question mark face", ou seja, que eu não havia entendido nada. Pelo menos posso dizer que de 2005 para cá meu vocabulário de francês deve ter aumentado em umas 10 palavras, consegui até comprar o bilhete "ida e volta" para Versailhes! Chegar lá foi outro problema, mas...
O mais curioso é que hoje pela manhã (ontem, na verdade, pelo horário),antes de sair do albergue em Paris andei um pouco nas ruas próximas e acabei caindo numa feira livre, dessas de rua, que eu odeio no Brasil. Mas, em outro país, tudo vira novidade. Decidi comprar cerejas, crente que iria arrasar ao pedir 1 euro, já que pedir em gramas seria muito mais difícil. Só que o que saiu foi "one eurô", ou seja, mistura de inglês com francês...mas consegui comprar.
Voltando ao albergue, quem me conhece relativamente bem sabe que sou exigente, e portanto vão se surpreender ao ler que praticamente não tenho críticas (praticamente porque se não tiver nada para reclamar não seria eu). Quartos amplos, com cortinas em cada cama, garantindo mais privacidade, já que era um quarto para seis (homens e mulheres misturados), os chuveiros funcionavam bem (leia-se sempre tinham água quente e boa pressão - e ao contrário de alguns chuveiros parisienses esse era de "verdade", nada daquele chuveirinho de ficar segurando na mão), e o café da manhã era melhor do que de muitos hotéis ralé em que já fiquei.
O problema é que, agora, vai ser difícil me contentar com os outros albergues da viagem, pois esse provavelmente foi exceção. Neste momento, estou no albergue de Lisboa, que não é ruim, mas na compração perde feio.
Sobre Lisboa, fica para amanhã, que aqui são quase 2am.
E não é que eu gostei da brincadeira de escrever um blog, sem ninguém para mandar cortar texto? (essa frase é especial para minha editora). Mas vamos ver até quando dura a empolgação, espero que dure mais que a viagem, portanto façam comentários para eu saber que alguém está lendo!