Comboio em vez de trem, deitar fora no lugar de jogar fora, pequeno almoço para café da manhã... nem sempre falamos a mesma língua no Brasil e em Portugal, assim como há diferenças entre o Inglês americano e britânico, que muitas vezes atrapalham os alunos. Mas nada se compara aos números em francês, que nunca consegui entender quando me diziam os preços, praticamente temos que fazer conta! Sabe como é 98 em francês? Não sei porque cismei com esse número, mas acho um dos mais estranhos... quatre vingt dix huit.
Mas voltemos à Lisboa, ou melhor à gastronomia portuguesa. Sim, hoje experimentei o famoso pastel de Belém. É ótimo, claro, mas cometerei a heresia de dizer que não vejo grande diferença para o pastel de Belém do Habibs, ou de qualquer festa junina por aí, assim como não vi diferença no bacalhau que experimentei ontem para o da minha mãe, nem no churrasco argentino de um ou dois anos atrás e o do meu pai (mas também eu não sei diferenciar picanha de maminha, para mim é tudo a mesma coisa, ou seja, o problema sou eu). Pelo menos, achei os pasteizinhos baratos, esperava pagar muito mais do que os 0,90 de euro.
O mesmo vale para vinhos. Todos que me conhecem sabem que eu não sou de beber, mas se em Roma faça como os romanos, em Lisboa fiz como os lisbonenses e experimentei o "vinho da casa" do restaurante que fui hoje. Pedi o "pequeno", que custava 2,30 euro esperando receber meia taça, mas veio meia garrafa! Claro que não literalmente, mas uma garrafa de 375 ml. Se eu tivesse bebido "tudo" isso, não teria sequer voltado ao albergue para escrever este texto! Mas, enfim, continuo sem saber se um vinho é bom ou não, para mim só existe vinho doce (de preferência com soda, outra heresia) ou amargo, tinto, branco ou rosé, o resto ainda falta muito para aprender.
Amanhã, o destino será Sintra, cidade próxima à Lisboa.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
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